Exame(s) de Condução

Hoje fiz o meu exame prático de moto. Era acompanhado entre outros,por um jovem de vinte anos, que já havia chumbado três vezes em código e duas vezes em condução. Finalmente ele já obtera aprovação no código e na condução automóvel e restava-lhe hoje ser bem sucedido em condução de moto, para se livrar do calvário.


Enquanto esperávamos pela nossa hora de exame, num bar paredes-meias com o centro de exames, reparei que ele de vez em quando se levantava sorrateiramente, encostava-se ao balcão e emborcava qualquer coisa parecido com um copo de 3 tinto.
Ao aperceber-me, questionei-o a que propósito bebia vinho naquela hora!?
Confessou-me sentir-se muito nervoso e precisar de acalmar,...
Eu pus-me com aquelas partes de conselheiro...,mas logo me foi informando que foi só assim que conseguiu passar das outras vezes ! Afinal não era tinto, era Porto, mesmo!
A moça do balcão (outra jovem) ao perceber a conversa, ia sorrindo e acenando a cabeça em jeito de aprovação e fiel testemunha.
Lá fomos!
Primeiro ele na moto. O mestre e a senhora engenheira nos bancos da frente e eu no banco de trás do carro " patrulhamento".
Tudo corria às mil maravilhas, mas eis senão quando, o nosso rapaz pára sózinho na estrada olhando demoradamente uns sinais luminosos que não mudavam de tonalidade porque enfim, eram daqueles que só acenderiam se alguém passásse com excesso de velocidade.
E ali ficou!
Foi preciso buzinar-lhe e mandá-lo seguir.
No fim (dizia:o sol reflectia naquelas lâmpadas e até pareciam estar acessas) num dia que ameaçava chover mas que acabou por ser (graças a deus) uma data feliz para toda a gente.
Eu lá segui a minha vida, a rir sózinho e a pensar na forma suicída como esta juventude manifesta o seu desprezo e descrédito no sistema.

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