St.Malo

17.08.08 – Dia_14

Deixámo-nos de preocupar com programação de AS´s, elas parecem estar por todo lado, numa concorrente disputa pelos autocaravanistas.
Não é contudo o caso de St.Malo, que a par de La Rochelle são cidades de tamanho médio/grande onde o turismo já é sempre intenso e os muito turistas se sobrepõem às restantes actividades e gentes locais. Aqui a única opção é pelo parque de campismo, moderno e agradável, com vista panorâmica sobre a cidade mas um pouco distante. Temia-se que chovesse no dia seguinte...


Mas o dia inicia-se com um brilho e luz que haviamos perdido nos últimos tempos, o caminho longo mas convidativo a umas boas pedaladas de bicicleta, é sempre uma excelente forma de contemplar a paisagem e fazer algum exercício,...

O centro turístico, e cidade velha entre muralhas, ao longe.


Uma das várias entradas, onde se acomodam à idade e à conversa diferentes gerações de locais que fazem viajem na mirada sobre quem entra e sái.





Dentro o movimento turístico é intenso, o comércio e as expressões musicais espontâneas é-lhes quase todo dedicado.

O ambiente urbano é muito próprio, com edificios com plena ocupação humana, de quatro a cinco pisos, alicerçados em estrutura física e viária centenária, onde o sol dificilmente entra, mas também cá fora rareia..., há dias.

O de hoje até convida a um passeio pela praia.

E aos sabores de um pescado com frits,...o que havia de ser?




St. Malo e La Rochelle assumem estatuto de capitais do turismo de praia nesta costa francesa e justificam plenamente com a sua surpreendente beleza.

KM +- 233

Concarneau e Brest

16.08.08 – Dia_13

As viagens são a alegria absoluta. E são desalento e desespero e imprevisibilidades e cansaço e força que se encontra. E saber que no dia seguinte não sabemos o caminho. E saber que há um recomeço de tudo, de tudo quanto está por ver, por saber, por experimentar, por conhecer. Viagem que é viagem só começa, nunca termina, entranha-se, adquire vida própria e, dentro, viaja. E, dentro, viaja muito depois de termos chegado, recordando.






Recordando Concarneau, temos a certeza de que não esqueceremos nunca mais a Ville Close, não estava no roteiro, não está em roteiros, mas ficará para sempre na memória. Não há fotografias nem palavras que expliquem determinados ambientes,...sentirmo-nos bem é um todo que não se explica.




A Bretanha é um lugar de chuva, intermediada de sol, com um céu sempre carregado de tonalidades que expressam essa ambiguidade. Brest é claramente a expressão mais agreste dessa ambiguidade. Como agreste é a cidade e o seu imenso, cinzento, ferrugento e estivado porto comercial, primeiro de França.


Foi um "regresso" à terra de eleição de emigrantes, num apelo ao trabalho.


Desmontámos ali curiosidades e memórias de conversas escutadas em criança.







Contudo, Brest havia ainda de nos surpreender, quando ao acordar-mos na AS onde pernoitámos descobrimos que estavamos afinal à beira do desejado Oceanário, a visitar, e nas margens prazeirentas de um belissímo estuário dedicado ao lazer.

Visita feita, rumámos a St. Malo.

KM +- 185