É uma queixa corrente, poucas vezes substanciada, porque sempre se tratam de experiências individuais, em processos que no términus até parecem justificar-se.
Importei em janeiro deste ano uma moto Zongshen, nova, a partir de um distribuidor de Zaragoza. À chegada era acompanhada de toda a documentação que entreguei no Automóvel Clube de Portugal, de que sou sócio, para tratarem das formalidades de importação e registo.
Volvidos seis meses e mais outros tantos papéis, do IMTT, em conversa informal sou informado que ou arranjo mais o documento X e Y,Z..,ou em alternativa faço o registo de matrícula em Espanha (permisso de circulação) e depois importo, o que pressupõe o pagamento de registo e Iva em Espanha e depois novamente em Portugal.
O que é frustrante nisto e verdadeiramente português !?
É que a mesma moto e modelo é vendida e distribuida a partir de Zaragoza para Itália, Holanda, Bélgica e Espanha,...países onde os mesmos documentos que me foram entregues, bastam para legalizar o veículo.
Veja-se! Com a mesma documentação posso registar o veículo em qualquer destes países e depois importá-lo, mas não consigo importá-lo como novo e fazer o primeiro registo em portugal.Informação ACP e IMTT.
Está comprometida a ideia de em julho acoplar a moto à autocaravana para umas voltas mais curtas.
Quem sabe se em julho, acoplada e estacionada a autocaravana em Espanha eu consigo um atestado de residência e o respectivo "permisso de circulação"!? A ver vamos.
Isto é verdadeira subsidiaridade, Viva portugal.
PS:
Na verdade o que me pedem do IMTT é o documento de homologação da moto, da minha moto, com o meu número de motor.
O que o distribuidor me fornece é o documento de homologação do modelo da minha moto e o livrete de inspecção e aprovação em Espanha, da minha moto, com o meu número de motor e daquele modelo.
(será que há nisto alguma questão de português?)
Falando claro:
Imagine-se um fabricante de automóveis, televisores, computadores, colectores solares, o que se queira. Imagine-se que esse fabricante certifica a qualidade e o respeito por todas as normas técnicas em vigor na comunidade, de um modelo que projecta construir em série e o certifica junto de um laboratório creditado internacionalmente.
Depois de certificado esse modelo, o fabricante mete no mercado o seu produto com cópia dessa certificação e uma tarjeta de fiabilidade na produção, assegurada por um qualquer organismo encarregue de fiscalizar a manutenção dos processos de qualidade, em principio o mesmo laboratório ( ou outra entidade de acreditação)
Pois bem, neste caso além da acreditação, há a "tarjeta" do registo oficial da minha moto, que importei (aquele número de chassi e motor) na congénere espanhola da nossa DGV,...a certificação é a daquele modelo de moto (em geral) pelo labotatório de homologação, no caso holandês.
Ora o que os senhores IMTT em portugal querem é (na prática) que o tal laboratório holandês faça a homolgação da minha moto (aquela entidade fisica que comprei) em concreto e particular.
Isto não existe em produção fabril, em nenhum sector (carros,motos,televisores,etc...) em nenhum país.
Não percebo,... deve ser mesmo uma questão de português! Alguém que me explique p.f.
1 comentário:
Portugal é lindo. Só é uma pena ser governado por portugueses.
Importei uma autocaravana usada da Alemanha. É um delirio.
Está tudo feito para engordar certas entidades. A ACAP para levar 100 euros para dizer que não es~tá homologada( eu sabia, o IMTT sabe, toda a gente sabe que não está, e é preciso certificar que não está? É como eu ir ao médico, dizer que estou doente e ele dizer-me... vá à farmácia e traga um certificado a confirmar, pago 100 euros e depois o médico atende-me// POSSA PARA ISTO).
Depois é preciso um certificado do TUV para homologação individual - o TUV em Miraflores leva 367 €,e demora 8 dias - o TUV na Alemnha, traduzido, custa 85 a 100 € e demora 4 dias.
E os problemas que os técnicos do IMT ainda levantam depois ??? É surreal.
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