Companheiros

Criador desta raça há mais de 40 anos,...




RAÇA :EPAGNEUL-BRETON
IDADE: 3 MESES - VACINADOS e PEDIGREE.Descendentes de um campeão nacional.

Excelente companhia, excelente guarda e excelente como cão de caça e água.
Manuel Alegre, no seu livro "Cão Como Nós" é desta raça que fala, resultado de mais de uma dezena de anos de convivência pessoal com um espécime destes.

Companheiro(s) de viajem....vendo dois cachorros machos.

O Parapeito da Janela

Havia uma excitação no ambiente,...como se a adivinhar festa.

Reparámos que a mãe atravessava a estrada em frente à nossa casa e levava filhoses à porta da casa vizinha.Recordamo-nos por esses dias, com o queixo apoiado no parapeito da janela, a olhar horas a fio aquela modesta casa em frente, com uma estranha compreensão e alegria da descoberta da família e do mundo para além daquela estrada. Foi,... o melhor do Natal!

Crescemos,... e estranhamente, connosco cresce o parapeito da janela.

DECLARAÇÃO DE ALENQUER

Os participantes presentes, no “I Encontro de Cyber Autocaravanistas Bloguistas”, reunidos em Alenquer em 22 de Novembro de 2008:
ICongratulam-se
com o desenvolvimento do autocaravanismo, modalidade de turismo itinerante, quer entre os portugueses, quer entre os estrangeiros, expresso nas crescentes visitas a Portugal.
IIConsideram dever estudar
o desenvolvimento do autocaravanismo, entendido como uma forma legitima de turismo itinerante, para que possa ser valorizado pelas autoridades públicas e não ser discriminado negativamente, bem como defendem a criação de melhores condições de estacionamento das autocaravanas, junto dos centros urbanos e na proximidade de locais de interesse turístico e cultural.
IIIRegistam a espontaneidade,
maioritariamente favorável, de uma emergente opinião pública civicamente responsável e identificada com o tema do autocaravanismo que pratica e divulga os princípios do Respeito Mútuo aprovados:
Respeitar a natureza e o património cultural.Evitar a formação de concentrações de ACs.Só estacionar em lugares apropriados.Privilegiar o comércio tradicional local.Estar e ser discreto e cortês com todos.Inter-agir amigavelmente com o próximo.Tentar cumprir e manter estes princípios.Observar sempre o bom senso e bom gosto.
IVSaúdam todos os autocaravanistas
conscientes, que pela prática, conforme as regras de ética e comportamento adoptadas internacionalmente e também entre nós, que constituem valores de referência exemplar para a divulgação e aceitação generalizada do autocaravanismo, designadamente pelos efeitos benéficos na correcção da sazonalidade, e valorização dos recursos turísticos culturais do interior.

VManifestam o seu compromisso
e disponibilidade para através dos conteúdos que elaboram ou divulgam nos meios ao seu alcance, intensificarem a valorização de textos favoráveis ao autocaravanismo itinerante, para melhor acessibilidade à informação objectiva, quer por parte do público em geral e autocaravanistas, quer por parte da comunicação social, quer ainda para obtenção das autarquias locais da criação de parques de estacionamento e pernoita, com estações de serviço de apoio às autocaravanas.
VIResolvem ainda,
a) Constituírem-se em Net work informal de intercâmbio de informações relevantes para o autocaravanismo com vista a no seu conjunto apoiarem a criação de um Observatório não Governamental para o Autocaravanismo Itinerante ONGAI.
b) Estabelecer que a adesão ao CAB, através de um representante, está aberta a todos os espaços na internet (blogues, fóruns, websites…) que o desejem.
c) Exortar os autocravanistas a uma maior intervenção pública e cívica na divulgação do autocaravanismo.

VIIDeclaram que adoptam
uma estrutura informal de associação aberta, sem personalidade jurídica, nem fins lucrativos, de tipologia informal, sob a denominação de “CAB – Circulo de Autocaravanistas da Blogo–Esfera” e que
a) disporá de um espaço Web próprio identificado pelo logótipo adoptado,b) reunirá em principio quadrimestralmentec) e designam para coordenar os destinos do CAB no próximo ano:
- Diogo Ferreira (Blog MIDAP)
- Luís Decarvalho (Blog Newsletter)
- Rui Narciso (Portal Papa Léguas)

Do incício do boom da actividade autocaravanista há de vir a Ordem

meus caros Autocaravanistas
Vamos ao trabalho?
A evolução tem de acontecer, e do Caos do início do Mundo....e do incício do boom da actividade autocaravanista há de vir a Ordem... o importante é que nao permaneça o Caos, e que a Ordem não seja discriminatoria.
Ou seja, que as Trevas dêm mesmo lugar a Luz. Não queremos todos seriamente, uma Luz que ilumine, e não que cegue? O caminho do Autocaravanismo nao é mais do que uma espcificidade do caminho percorrido pelo automobilismo.
Os AC sao automobilistas e turistas itinerantes e especiais. Quando o seu numero aumenta, com a pressao demografica dos AC, lá vem a Lei the Malthus ajudar a compreender que alguns tem de ser sacrificados, - aqueles que nao se submetem por dever de cidadania e responsabilidade cívica, a uma Ordem justa, equilibrada e social.
Ao início, os automoveis no início do século, estacionavam de qualquer modo, e em qualquer lado: en contramão, em espinha, ao longo de passeios etc, e pelo tempo que se quissesse...depois, com mais, e mais automoveis...e vem a regulamentaçao do estacionamento...depois o pagamento do estacionamento, e a proibição deste em alguns locais, a a algumas horas...depois ainda a criação de parques de estacionamento, ate subterraneos como o de AC em Monaco, os parquimetros, e ate as limitações horarias de estacionamento, e em muitos outros locais a proibição de circulação e estacionamento total em certas ruas, ou reservada so a residentes, limitaçao de circulaçao e estacionamento a matrículas pares ou impares alternadas, como em Pequim, de pagamento de portagens para entrar nas cidades como em Oslo e Londres, os reboques, e os jacarés de imobilizaçao como em Santander, etc. etc...
A estruturaçao do automobilismo em Portugal muito ficou a dever ao ACP Automovel Clube de Portugal, hoje com contornos de Federação do sector, e da sua representação Internacional.
Porém em Portugal, contarriamente a Espanha e França, por exemplo, não ha estrutura similar, nem tutela pública ou privada sobre o autocaravanismo. Têm de ser os autocaravanistas ainda a dar os primeiros passos, e a auto-organizarem-se.
Todavia há que actuar com o maior realismo: nada de maximalismos, populismos ou fundamentalismos suicidas. Pelo contrário, há que em ambiente democrático criar condições de participaçao, audição e cooperação sérias. Estas só se fazem com estruturas representativas, preparadas, competentes, e que estejam em cima do acontecimento, pró activas, e não apenas reactivas, e que tomem posições construtivas de compatibilizaçao de legitimos interesses privados, no contexto da satisfação do interesse público, ajudando a definir este... Ou seja, fazendo aquilo que é legitimo e constitucional: um lobbying democrático e participativo, ao invés de posições de mera contestação, ou de pressao...ou mesmo de revolta activa, ou passiva...
Espera-se que o MIDAP seja a plataforma para essa nova atitude, e inadiavel, pela dignificação do autocaravanismo em Portugal, e que exige, nao só a educação e formação de autocaravanistas, dos agentes e profissionais da comunicaçao social, mas tambem das autoridades, Governo, autarcas, e ainda dos demais interlocutores, como produtores e comerciantes do sector.
Daí as nossas propostas insitentes sobre:
- criação de um gabinete de estudos do Autocaravanismo
- estruturaçao de um Observatorio plural do Autocaravanismo
- preparaçao e realização de um Seminario sobre Autocaravanismo.
por, Decarvalho

VANNES

15.08.08 – Dia_12

As viagens nunca são o que planeamos. As viagens nunca são viagens se as planearmos geometricamente e as cumprirmos como às ordens de um comandante de excursão.As viagens são olhares. E os olhares não se planeiam. As viagens são esquinas. Nunca sabemos o que está para lá.




Vannes, é um desses lugares que embora não planeado se recebe como agradável surpresa a cada esquina, seja a margem de um lago que se segue a outro e onde se faz praia se está na esplanada ou viaja de barco,...seja o virar de cada esquina no centro urbano e histórico.



Terreno propicio a uma boa pedalada de bicicleta,... pelas margens dos lagos, acabámos a rendilhar lagos mais kilómetros do que o aconselhável,..


,..depois de uma visita guiada ao centro no comboio turistico, sentados na esplanada ao entardecer a cidade e eles eram uma colmeia de sentimentos de quietude e entretenimento.




,..jantar e dormida no belissimo parque de Vannes e uma passeata digestiva e de reconhecimento a pé.

Corsic / St Nazaire /Carnac/ Vannes

14.08.08 _ Dia 11

Foi a minha vez de acordar doente!

Sinto a garganta inflamada, inchadíssima, sem voz e quasi incapaz de deglutir.

Rumo á farmácia, descobrimos o Leclerc e finalmente uma cozinha pré-feita com oferta variada e incomparavelmente mais barata.
Afinal é esse o caminho para comer razoavelmente em França. Os autocaravanistas sabem-no e o Leclerc oferece-lhes parque com AS…

O corpo dói-me, doem-me as articulações e a garganta,…não há duvida que os moules e as ostras estão agora a comerem-me a mim! Pé-de-vento, naquela noite trémula parece ter conseguido afastar dela os piores demónios…que agora me devoram...

St Nazaire parece predestinada a estivadores e metalúrgicos,... outra vez o trabalho,…outra vez a ausência de renda e o desinteresse pela coisa comum,…terra de emigrantes e etnias,…uma enorme ponte sobre o estuário do Loire com uma imensa fila de automóveis que a atravessa a passo de caracol e um carro branco que lá atrás se farta de apitar,…afinal uma matrícula portuguesa ( a segunda) que segue com um único viajante com a bandeira nacional vestida, literalmente! Não fosse a complicação em plena ponte, aquele homem teria tido o abraço que nunca sentiu na sua própria terra,…afinal somos da terra onde verdadeiramente ganhamos a vida,.... e porque se sentirá ele português? Não consigo entender! Será que nos envia as poupanças..., as tão estimáveis, (para os nossos políticos) remessas de emigrantes!?





Os campos de Carnac fazem-me de imediato lembrar Obélix e Astérix,..é a banda desenhada da minha infância que vejo quando os olho…. e…. o primeiro impulso para a edificação humana.



Destaque para uma solitária mulher inglesa motoqueira.


Em Vannes não há qualquer As, mas há um belissímo e excelente parque de campismo municipal, à porta do qual chegámos por volta das 23 horas, recepção e cancelas fechadas…

-É italiano!?(pergunta-me o francês) Tem italianos aí dentro,…é pedir a algum que lhe abra a cancela!
- Sou português!
- Alors, qui vos va ouvrir la cancel soi moi meme!

Ficámos amigos!








KM +- 114

Puy de Fou / Nantes / Pornic

13.08.08_Dia 10



Puy de Fou justifica toda a expectativa! È um belíssimo parque cheio de vegetação luxuriante e repleto de espectáculos de arte circense e história com variadas reconstruções históricas e espaços cénicos recreativos.



Confesso-me absolutamente rendido ao espectáculo dos oiseaus! Grandioso, indiscritivel, memorável e emocionante, é em minha opinião o verdadeiro espectáculo, suponho que único no mundo,… que só por si justifica um retorno ao Parque.



Ao nível da melhor e mais erudita orquestração clássica, os pássaros de todas as espécies e feitios voam ao ritmo do desenrolar da encenação com o acerto e conhecimento de uma prática mil vezes repetida, em sobrevoos indiferentes e rasantes a uma plateia de milhares de espectadores emocionados com os pelicanos, os falcões, as águias, as corujas, os abutres, etc, etc…tudo em liberdade domesticada.







Nantes, capital da Bretanha é mais uma cidade, onde sobretudo se trabalha,…passagem para quem está de férias.




Pornic uma tipica terra de pescadores justificou a visita, mas não nos deu argumentos para nos retermos ali.



Rumo a Corsic a AS frente à Marie foi lugar de pernoita absolutamente tranquila.








KM +- 115

La Rochelle / Niort / Parthenay / Puy de Fou

12.08.08 – Dia_9

Começámos o dia de regresso a Rochefort , na mira de um representante da burstner que nos metesse o frigorífico a funcionar a gás e já agora luz no atrelado que se perdeu numa daquelas saborosas lombas de redução forçada de velocidade.

Nem a pedinchice, nem o dinheiro, compravam ali uma assistência em época alta, só mesmo a ameaça de uma queixa à Burstner nos devolveu o equipamento a funcionar de novo.

La Rochelle em dia sol e com uma extraordinária pista para ciclistas ao longo da costa foi deleite na arte de pedalar entre jardins verdejantes, mar azul e muitos yates,…La Rochelle tem o porto com o maior número de yates do norte da Europa,... no fim da pista em casa de banho de clube de patronos de mar, deixei parte do corpo que não interessa guardar. Há muito tempo que o meu próprio trânsito não funcionava tão bem!

La Rochelle é uma querida, que fica na memória!



Mas é hora de partir, não nos podemos perder de amores,... é preciso cumprir o destino. No caminho até Puy de Fou, fica Parthenay, village histórica muito recomandada e...é pena estar a chover.


...e Niort que como todas as cidades que vivem intensa e exclusivamente do e para o trabalho (no caso tecnológico) nada têm para turista ver, a não ser essa estranha e omnipresente atmosfera de quase escassez de renda, falta de brilho e escassez de coisa comum,...estranha atmosfera comum a todas as cidades com fama de lugar de muito trabalho (veja-se o Porto).

Fomos (como quase sempre) os últimos a chegar à área de parqueamento de Puy de Fou,passava da meia-noite,…mais de vinte filas, cada uma com mais de vinte cinco autocaravanas,…eram mais de quinhentas,...mas ainda havia espaço e lá dormimos. Pé-de-vento desceu a baixas temperaturas durante a noite com arrepios e tremideira que pareciam advinhar grande tempestade para o dia seguinte.


Km +- 195

Róyan – La Rochelle

11.08.08 – Dia_8

Róyan é uma pequena cidade de frente de praia da foz do Gironde, que parece ser destino de um turismo de massa. Trânsito automóvel e carróceis são uma constante ao longo de meia-dúzia de kilómetros de marginal, onde se identifica um parque habitacional de ocupação sazonal,senhorial e degradado. Aliás os franceses parecem avessos ao châthaeu moderno,…preferindo claramente as autocaravanas e as petites e discrete maison´s com as janelas tipo fennêtre que fez o encanto de tanto portugueses da primeira geração de emigrantes.



A catedral de Róyan é um verdadeiro monumento à arquitectura moderna,... só visto. Alberga hoje sob uma lápide um dos criadores defunto Architectes Guillaume Gillet et Marc Hébrard, e Ingénieurs Bernard Lafaille, René Sarger et Ou Tseng. Já o jardim botânico é um lugar sem flores, sem beleza,…lá dentro, qualquer um se sente idiota com o preço da entrada.



A caminho de La Rochelle, Mernes, capital das ostras, permite-nos tirar a barriga de misérias,…ali na barraca de praia, ao lado dos viveiros, são ao preço dos tremoços, vivas…,tamanho quatro,…quatro anos de viveiro, é muito tempo diz o viveirista que assim vê a idade passar, sem conseguir passar o negócio.


Brouage , cidade medieval muralhada é um exemplo de má convivência com uma modernidade que não chegando a florir desabrochou em esquecimento e abandono sendo a orla muralhada preservada o único reduto histórico de interesse turístico.



Rocheffort, antiga praça da armada francesa é hoje escola de recreação de artes de marinehiro, navegação e calafate,…para tanto têm uma recreação da caravela que é negócio que previmos possa durar vastas gerações de malandros com pouca vontade de trabalhar. Mais uma vez á saída o preço se revela muito superior às expectativas na entrada.


Chegámos a La Rochelle caía a noite,… uma belissíma AS com parqueamento misto de auto e autocaravanas e uma navette que nso conduziu à descoberta da cidade numa noite alegre e animada no atrium da catedral com os jovens Montsmos de que ainda vamos ouvir falar mais vezes aposto.


A noite foi tão animada que tivemos que regressar de táxi e quasi a favor do segundo português que encontrámos, este nado e criado lá, embora com raízes em Pombal.








.

Km +- 95