Montalegre, Feira do Fumeiro

23.01.09

A viagem pelas nuvens da A24, serranias, ventanias e sarrias chega ao fim!

A chuva torrencial e as rajadas de vento ficaram definitivamente para trás. Há sossego e frio às portas de Montalegre,... o abrigo, quase calor, vem de uma vegetação arbórea de médio porte mas luxuriante de verde, e musgo e verduras várias que alcatifam as bordas de estrada, e dos suaves outeiros para lá dos rudimentares muros de granito cinza-negro em pedra solta, por onde escorrem pequenas levadas de água cristalina. Não há neve mas bem podia, tal é o frio que se sente na região!

Entramos em Montalegre ao fim da tarde com a quietude e silêncio de uma gente que se abrigou de uma tempestade que acabou de passar por ali...ruas desertas.
Numa volta de reconhecimento, em marcha lenta, chegamos ao parque, que está visto, há-de ser a Feira. Não há festa, mas já se avistam outros autocaravanistas muito bem parqueados; é para lá que vamos!



Ao fundo do moderno parque, que se afigura de negócios de gado ( coisa bem construída) vê-se fumo,...fumo de fogo de madeira e umas quantas vivalmas em amena cavaqueira em redor da fogueira, comtacho de tripé, como que convidando a tratar da janta colectiva, que se deseja o mais petisqueira possível...vamos lá!

Mentira! Tudo o que acontece é coisa restrita ao corpo de bombeiros, que deve ter dado também corpo aos preparos da Feira que afinal só ocorrerá amanhã! Há homens a vestir a camisola de Pontevedra, onde se percebe e confirmam ganhar o pão, durante a semana (estão de Fds, ou como se queira entender).

Do jantar num restaurante ( sem variedade nem qualidade) ali mesmo ao lado daquela paródia, nem me apetece falar, porque de coisas tristes não vale a pena!
A noite sossegada, passada entre companheiros da modalidade prolonga-se largamente pela manhã , sem pressas que a chaufagem é boa e lá fora gela,...vê-se televisão,coisa rara em casa! Depois do almoço já o parque de gado estava cheio de automóveis, ironia da modernidade!
Vamos finalmente ao encontro da feira, num elegante e modernissimo edificio à descoberta do famigerado fumeiro. O meu espanto é completo com as metades e quartos completos de porco que pendem do tecto,... como enfeites ou prémios maiores ao alcançe de poucos, senão só mesmo da vista,... admitindo que houvesse quem com ela se deliciásse. Curiosamente não havia mosca! Enfim o nosso negócio era a um nível mais baixo, das bancadas e cestas com variedades tripadas mais ligeiras, onde o porco embora presente, está bems dissimulado...chouriços grandes, pequenos, gordos ,magros,vermelhos,negros, etc,etc....mas sempre muito fumado,talvez até demais. Aquele forte paladar e cheiro a fumo, foi como um trovão numa noite escura transmontana, fez-se viagem em Montalegre, no tempo e na vida como ela vai sendo, envolvida em fumaças que julgavamos definitivamente perdidas, tão habituados estamos ao porco de fábrica empacutado!

Mas surpresa maior foi um encontro com o menino Paulinho das Feiras, menino de oiro por aquelas bandas, no meio de uma fanfarra a distribuir beijos e abraços, a mais de um ano das eleições,...trabalho duro e longo esse por terras do Demo, hem!



Escapulimo-nos dos apertos tão entusiastas e fomos dar um passeio pela vila. Olhar do miradouro, as serras longas e vales profundos que anunciam Espanha e de tão agrestes fazem lembrar Miguel Torga que também foi sempre um homem socialmente difícil, porra! Pouco comunicativo falando sempre mais com a convicção e o coração do que com a razão. Lá ficámos demoradamente em silêncio, ao frio das ideias.

E arrefecemos tanto, que já só voltámos à vida, a caminho do Castelo, no calor de um copinho de leite (fora da linha) e na degustação de uns pastéis de carne acabadinhos de fazer na pastelaria do meio caminho.



Feitas as fotografias, para mais tarde recordar, impõe-se saber onde afinal servem o tal famigerado cozido transmontano destas carnes tão fumadas?!

O belissímo guia gastronómico do José Silva, deu-nos a resposta,... no Falta de Ar, pois claro. Vamos lá! Ainda é cedo para a janta, mas servem-nos para fora, um tacho completíssimo, quentinho, acabado de fazer, à moda antiga,...que bom aspecto! Vamos andando, que se faz tarde,.. fazer essa estrada que bordeja pelo alto o parque do Gerês, direcção a Braga...com paisagens que imporão um andamento lento e várias pontos de paragem.


Pouco depois a albufeira do Alto Rabagão, um local a convidar a uma pausa maior,... ideal para degustar esse cozido com um cheirinho que nos vem abrindo o apetite durante a viagem,...que beleza! Da garagem sái um Santa Marta de Penaguião tinto, agora com uma estampa moderna, muito menos feliz, mas com um velho paladar que ainda fideliza. Degustou-se apaladadamente tão deliciosa mistura!


E o dia acaba, já noite dentro, em Braga, no parque de estacionamento do Sameiro, com uma noite que nos surpreende, pela violência das bátegas de água e pelas rajadas de vento, que de tão fortíssimas ameaçam dar red-bul ao motorhome (tão english),..valha-nos Nª Srª do Sameiro!

Direcção - Montalegre - Feira do Fumeiro

22.01.09 - Régua

Dias de muito trabalho no inicio do ano,... fala-se de crise, mas nós porenquanto vamos escapando, e de escapar uns dias estou mesmo a precisar. A oportunidade de fazer e refazer rotas pelo interior de Portugal, sem necessidade de demorados planeamentos ou reservas , nem a necessidade de conjugar horários com horários mais formais e porque a data impunha-se só por si, lá vamos nós após o almoço a caminho do norte, com uma breve paragem na "Campilusa", afim de se fazerem algumas correcções necessárias ao pleno funcionamento da autocaravana.

Ali mesmo porta com porta, com a Campilusa mora um dos melhores leitões tipo bairrada, dos fornos de Manuel Júlio saem para o restaurante e para o público pequeninos, quentes e estaladiços . Partimos já a noite tinha caído, para pararmos logo mais à frente a ver a vila e o vale de Penacova e jantar ali à beira de estrada como um mendigo rico, o saboroso leitão com um espumante bruto tinto caves Aliança. Que bom!

Subir o velho e remendado IP3 é sempre mais fácil e menos perigoso do que descê-lo. Direcção a Viseu e depois A24 até à Régua para lá chegar-mos por volta da meia-noite.

Inverno puro e duro o desta noite de 22 para 23 de Janeiro. Estacionada a autocaravana em frente da Marina da cidade a ver o Douro, a pernoita foi repousante e o acordar reconfortante, pela beleza da paisagem. Um despertar sempre diferente da dos dias seguidos no dia a dia doméstico. Chove e faz vento mas a cidade mexe, e nós vamo-nos a Ela...

No bar junto à Marina, o "Bar do Cais", depois do banho matinal quentinho e sem pressas, foi tomado o pequeno almoço reforçado, que nos serviu de almoço, dado o adiantado da hora.

O Museu do Douro foi o local escolhido para passarmos a tarde do dia 23, na cidade da Régua. O Museu que reconverteu a antiga sede da Casa da Real Companhia Velha, tinha sido inaugurado pelo mal amado herói do nosso tempo, Primeiro-Ministro José Sócrates, no passado dia 20 de Dezembro, como um projecto de desenvolvimento regional âncora, para o Alto Douro Vinhateiro.

Esta estrutura tinha como principal exposição uma homenagem ao homem que ajudou a construir a paisagem vinhateira do Alto Douro, "Barão de Forrester, Razão e Sentimento, uma História do Douro (1831 - 1861)" também ele na sua época fortemente contestado e ameaçado com as suas visionárias aguardentes vinícolas, que afinal haviam de fazer o Porto dos nossos dias. Ainda uma excelente exposição, dum outro artista plástico Tito Roboredo (1934 - 1980), intitulada «Tito Roboredo. Um corpo na Primavera» . A região justificava e precisava de um Museu destes!

Peso da Régua, visitada por nós tantas vezes, é a capital da região demarcada que produz o célebre vinho do Porto. Sede da grandeza dos homens que o criaram. O sacrifício, a coragem e a paixão de um povo que esculpiu, com mestria, um berço de prodigiosa beleza. Modelação de escarpas de rocha, terra e vida que o homem operou ao longo de séculos, agora classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, provendo panoramas espectaculares tanto observados do próprio Rio Douro, ou no alto, nos muitos miradouros da zona.

Ao final da tarde , partida do Peso da Régua a caminho de Santa Marta de Penaguião, que fica a cerca de 10 Km, e visita como é para mim sempre obrigatório , quando por aqui passo, hà guarnecida loja da Cooperativa Agrícola de Santa Marta, a laborar desde 1959, justamente há tantos anos como eu, para se fazer a habitual compra de vinhos de mesa tinto, porto vintage e vinho generoso.
A ajuda, simpatia e simplicidade habitual das gentes do norte, de duas senhoras que ficaram encantadas com a capacidade da garagem/armazém da autocaravana,...enfim,para mim uma nota negra!
E lá fomos rumo ao fumeiro de Montalegre debaixo de muita chuva, granizo e vento forte, que nos acompanhou em toda as serranias de Vila-Real por onde quase voa a A24,...
Havemos ainda de chegar a boa hora!



Ovalhamedeus,...companheiro

Perguntas-me porque razão, o Mestre d´Além desmontou o arraial da porta do CPA como fez nos últimos anos, e subscreveu aquela Declaração de Princípios da Plataforma de Unidade, que adoptou o Proj.lei do PSOE Espanhol !?

Pois bem, respondo-te num tom bíblico que me parece ser o mais ajustado à tua demanda. São insondáveis os desígnios deste Senhor! Os do Senhor e os do Papa. Cada um à sua maneira, o Senhor e o Papa, têm desígnios que me ultrapassam.


Companheiro, diz-me com quem andas dir-te-ei quem és e para onde vais. As perspectivas actuais e futuras do Movimento Autocaravanista Português com a Plataforma de Unidade, talvez só a ex-excomungada FCMP e outros poucos eleitos saibam! Tomados pelo Simplesmente Espírito Santo d´Além, neste momemto preferimos glorificar ao Pápa, ao invés de nos preocuparmos com os nossos direitos legítimos. Quem compreende a verdadeira natureza das pequenas guerras, sabe que os guerreiros das trevas, quando não vencem a luz começam por dar um passo para trás, para depois darem dois à frente. Oxalá o espírito d´Além não deixe o Papa como à Bruxinha, falando sózinho. Está provado que se existe algo de verdadeiro em Além é a sua habilidade em fazer prevalecer suas vontades, expressões e pontos de vista.


Isso mesmo companheiro, não entendeste mal.!


Recusamos uma falsa e tola elucubração intelectual proposta por religiosos velhinhos submergentes que provocam e são beligerantes contra irmãos, ditos novos autocaravanistas. Constantemente usando e abusando de “massa marrom evangélica”, esse nosso irmão em Autocaravanismo precisa de edificação com ironia e palavras que produzam coceira aos ouvidos.


Quem anda agora a exorcizar fantasmas no autocaravanismo nacional é o mal amado ex-Vice daquele grande clube, aquele poeta da Tribuna Autocaravanista. A página de Autocarvanismo Itinerante que com outros marginais mantém naquele lugar de ócio moderno que é o Facebbook , por vezes até faz fumo. E cheira mais a enxofre que a incenso. Um ghetto, desacreditado junto da opinião pública esclarecida, pois constitui uma autêntica infecção de desinformação, que actua de má fé como campeão do quanto-pior-melhor. De comportamento anti-social, dito livre ou independente, que se baseia na contestação libertária e libertina da Sociedade, e do Estado de Direito, e que persistem em acampar ilegalmente fora de parques de campismo, numa aliança incestuosa entre o auto-campismo e o campismo selvagem, proclamando terem a liberdade ilimitada de estacionarem e pernoitarem onde querem, quando querem, e como querem,…. sic, Newsletter d´Além, em tretas e mais tretas .Bem prega Frei Tomás, faz o que ele diz, não faças o que ele faz!


Companheiro, em Portugal damo-nos muito mal com a crítica. Preferimos a graxa. O elogio bacoco. Derretemo-nos todos quando dizem que somos lindos, inteligentes, fantásticos. Parecemos donzelas nas mãos de galãs sabidões. O poeta estava enganado quando escreveu que é pelo sonho que vamos. Não é nada pelo sonho. É pela lábia, companheiro. É pela lábia.

Saudações Evangélicas

Assim sim, quero aplaudir!


Em Portimão ou noutro qualquer lado do território nacional.

O movimento associativo autocaravanista em Portugal parece estar finalmente em marcha, ao unir-se no essencial na expressão de uma missiva de desacordo comum e geral com a anunciada postura do municipio de Portimão sobre autocaravanismo.

Registamos o facto e saudamos com agrado todos os intervenientes!

Destacamos alguns trechos dessa missiva:


""qualquer prática de campismo fora dos locais legalmente consignados".


Note-se que estas situações são acauteladas pela Lei vigente, nos termos do nº1 do Artº 59º do Decreto-Regulamentar 38/80....


Por outro lado, mas com desagrado, constatamos o referido Regulamento deverá aplicar o mesmo princípio ao "aparcamento de viaturas com a finalidade de pernoitar".


Consideramos mesmo que o Regulamento que Vª Exª pretende colocar em aprovação sobrepõe-se à Lei geral, pois esta não estabelece as diferenças entre estacionar e pernoitar.


Por outro lado, autocaravana na via pública rege-se pela regulamentação associada à circulação de veículos automóveis, não existindo qualquer Lei que a obrigue a estacionar durante a noite num parque de campismo ou área de serviço....


Não é plausível que a C.M. Portimão aplique limitações globais à circulação das autocaravanas, exclusivamente devido à sua construção/utilização como veículo, pois se assim for incorre numa atitude profundamente discriminatória, violando os princípios fundamentais da Constituição da República Portuguesa....


O equívoco em que o executivo camarário de Portimão incorre com a proposta do novo Regulamento, deverá estar motivado pelo padrão comportamental dos turistas estrangeiros que frequentam o Algarve na época baixa. São pessoas que vêm em busca do sol e do clima ameno, que efectuam paragens prolongadas no mesmo local, utilizando o mesmo, de certa forma como o fariam num parque de campismo. ...
Não apadrinhamos esta situação, pois partindo do princípio que este tipo específico de turista pretende esta tipologia de visita, deverá dirigir-se aos parques de campismo da região, e, se não fizer, poderá sim incorrer nas penalizações previstas na Lei, a qual deverá ser aplicada sem tolerância.


Desta forma evitar-se-á que o colectivo seja prejudicado pelos comportamentos menos próprios de alguns. ""

O texto completo aqui :http://cpa-autocaravanas.com/forum/index.php?PHPSESSID=b875226752b6b8634c2506e19473139b&topic=1894.msg12672#msg12672

"Multas que podem atingir os 200 euros."

"Caso os autocaravanistas sejam apanhados a pernoitar fora dos parques de campismo vão ter de pagar multas que podem atingir os 200 euros."
O CPA, o CCP, o CAS, o CAB e/ou outros similares têm agora e aqui uma oportunidade para mostrar as suas habilidades técnico-jurídicas,...enfim quaalquer coisa mais do que as habituais conversetas da treta, de trazer por casa.
Os ilustres juristas/autocravistas como Nandim Carvalho, que passam a vida com alardes de "notificações legislativas", têm também aqui e agora uma oportunidade para a sua acção generosa e pró bono,..no caminho do resgate pessoal e da redenção! ;)
A ver vamos...
Se nenhum destes Clubes/Associações interpuser rápidamente uma providência cautelar contra as Autarquias algarvias e da costa alentejana que criaram Regulamentos municipais feridos de nulidade jurídica e ao mesmo tempo reclamarem da nulidade jurídica destes Regulamentos junto do Tribunal Administrativo....
Se ninguém o fizer, então o movimento associtiavo autocaravanista em Portugal não passará de uma brincadeira de "garotos" .!

Gosto disto! - CPA

PLATAFORMA DE UNIDADE

Sem se reclamar como autor, o Clube Português de Autocaravanas assume, como uma Plataforma de Unidade, a defesa dos interesses, direitos e garantias dos Autocaravanistas consubstanciados na seguinte

DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS

1. Considerar, com todas as consequências daí inerentes, que ACAMPAR é a imobilização da autocaravana, ocupando um espaço superior ao seu perímetro, em consequência da abertura de janelas para o exterior, uso de toldos, mesas, cadeiras e similares, para a prática de campismo.


2. Considerar que o acto de acampar, conforme é acima definido, só é permitido (e assim deve continuar) em locais consignados na Lei e, consequentemente, salvo excepções, também consignadas na Lei, é proibido na via pública, independentemente da hora a que ocorra, devendo, na salvaguarda do interesse público, ser penalizado.


3. Considerar, com todas as consequências daí inerentes, que ESTACIONAR/PERNOITAR é a imobilização da autocaravana na via pública, respeitando as normas de estacionamento em vigor, designadamente o Código da Estrada, independentemente da permanência ou não de pessoas no seu interior.


4. Considerar que o acto de estacionar/pernoitar, conforme é acima definido, deve poder continuar a ser efectuado em qualquer local, não proibido por Lei (nomeadamente no Código da Estrada) não podendo as autocaravanas, pelo simples facto de o serem, nomeadamente através de sinalética que não conste de diplomas legais (e que será discriminatória se vier a existir), ser impedidas de o fazer.


5. Considerar que é lesivo da igualdade de tratamento a que todos temos direito a existência de diplomas que legislem de forma discriminatória, impedindo especificamente o veículo autocaravana de estacionar onde outros veículos de igual ou semelhante gabarito o podem fazer.


6. Considerar que o turismo itinerante em autocaravana é um factor de desenvolvimento económico para as populações que justifica em si mesmo uma discriminação positiva do autocaravanismo.


7. Considerar que os Parques de Campismo Municipais devem permitir a utilização das Estações de Serviço para Autocaravanas neles existentes, no âmbito de uma politica de protecção do ambiente e, consequentemente, a preços compatíveis com o serviço prestado (abastecimento de água potável e despejo de águas negras e cinzentas).


8. Considerar que a implementação de Áreas de Serviço para Autocaravanas, em pelo menos uma por Concelho, preferencialmente de iniciativa autárquica, contribui, não só para o desenvolvimento económico das populações, como para a protecção ambiental e o melhor ordenamento do trânsito automóvel.


CPA, 31 de Maio de 2010,
A Direcção

De Trujillo à Nazaré

04.01.09 _ Dia_11



Estamos no último dia das férias de fim de ano. Tinhamos já referenciado Trujillo num blogue da "concorrência" , e confirmado no guia American Express, os motivos de interesse desta localidade, a expectativa era por isso grande. E não nos desiludimos, antes pelo contrário, não é exagero sublinhar a referência da sua histórica praça central, como uma das mais belas de Espanha e assim é de facto,... a forma ,a antiguidade e singularidade de alguns edíficios fidalgos em coexistencia com casas simples mais populares, numa forma ampla de geometria variável confluente para a igreja em posição central avançada, dão-nos a imagem de um urbanismo autêntico da época. Trujillo é uma vila a não perder para quem sempre passa ao lado.







Uma subida ao castelo e as supresas continuam, com um aglomerado ainda mais antigo, bem conservado e restaurado onde se albergam comércios e pousadas requitadamente sossegadas, havendo uma atmosfera perfeitamente integrada à época da rua e dos exteriores.





















Havemos de lá voltar muitas mais vezes, de resto fica a caminho e a vista nocturna desta praça iluminada é ainda mais bonita



Tempo , para comprar os últimos souvenires, e apreciar o queijo , os licores e doces á base de figo ,... especialidades da região. Depois, mais uma etapa, mais uma viagem, desta feita a última,...e como é bom recordar!


E o regresso a casa , com mais estrada, por Cáceres e Castelo de Vide, encurtando uma mão cheia de quilómetros,... com tempo ainda para uma primeira lavagem à Travel Van, que bem merece e justifica no fim desta segunda maior aventura.



E auto-estrada nova até Cáceres, ...gratuíta e toda nossa, e que bela paisagem a fazer lembrar outras viagens e caçadas

















E no fim desta segunda viagem confirma-mos as nossas "suspeitas" e expectativas de satisfação com o novo brinquedo.


E confirmamos um espaço de liberdade que é o país do autocaravanismo, seja na Bretanha , conhecida pela terra dos autocaravanistas, seja na Côte dàzur conhecida como cosmopolita,.... os autocaravanistas são bem vindos, e não há qualquer tipo de discrimação em realção aos demais carros de turismo. Não se vê auto-campismo de facto,... porque lá como cá é proibibido o campsimo selvagem, e a diferença é que lá o policiamento faz -se sentir no cumprimento da lei e da ordem, enquanto por cá os arautos da desgraça e da diarreia legislativa reclamam por mais lei. Houvesse em portugal quem a fizesse cumprir e os maus autocaravanistas, portugueses ou estrangeiros deixavam de se ver . Mas há quem de forma enviezada , na verdade pretenda muito mais do que isso,.,.transformar portugal num imenso terreno da AECAMP....mas seria preciso que não houvesse Portugueses!




Fim do dia e da viagem, estamos de novo na Nazaré e em casa, para dormir tranquilamente.

De Zaragoza a Trujillo

03.01.09 _ Dia_10

Noite sossegada e sem história em Zaragosa, no parque empresarial. Depois havia que prosseguir viagem, a agenda de trabalho aproxima-se!
O Vento soprava ainda uma passagem por Catalayud, cidade silenciosa como lhe gosta de chamar,… tantas vezes vista ao longe e de passagem a partir da auto-estrada, envolta em quietude, nesse quase deserto que é o caminho Zaragoza- Madrid e vice-versa. Tudo um imenso não lugar.





E Catalyud adentro, continua a parecer um “não lugar”, sem gente, sem vida, com ruas vazias e prédios silenciosos, …. estranho, mas está a acontecer mesmo uma cidade fantasma, talvez adormecida pela siesta espanhola. Muito dormem os espanhóis.



















Não se vê vivalma e as estátuas ganham nesta altura um protagonismo acrescido.





Vamos embora para não acordarmos esta gente, dormem indiferentes à crise ou até por causa dela, sabe-se lá...





Novamente na estrada, com paragem para almoço num restaurante de beira de estrada onde se comeram umas deliciosas tiras de polvo,...e continuar a viajar até à meia-noite.




















Vamos pernoitar aqui, por baixo das cegonhas de Trujillo que vamos conhecer amanhã,.. a expectativa é grande.