DECLARAÇÃO DE ALENQUER

Os participantes presentes, no “I Encontro de Cyber Autocaravanistas Bloguistas”, reunidos em Alenquer em 22 de Novembro de 2008:
ICongratulam-se
com o desenvolvimento do autocaravanismo, modalidade de turismo itinerante, quer entre os portugueses, quer entre os estrangeiros, expresso nas crescentes visitas a Portugal.
IIConsideram dever estudar
o desenvolvimento do autocaravanismo, entendido como uma forma legitima de turismo itinerante, para que possa ser valorizado pelas autoridades públicas e não ser discriminado negativamente, bem como defendem a criação de melhores condições de estacionamento das autocaravanas, junto dos centros urbanos e na proximidade de locais de interesse turístico e cultural.
IIIRegistam a espontaneidade,
maioritariamente favorável, de uma emergente opinião pública civicamente responsável e identificada com o tema do autocaravanismo que pratica e divulga os princípios do Respeito Mútuo aprovados:
Respeitar a natureza e o património cultural.Evitar a formação de concentrações de ACs.Só estacionar em lugares apropriados.Privilegiar o comércio tradicional local.Estar e ser discreto e cortês com todos.Inter-agir amigavelmente com o próximo.Tentar cumprir e manter estes princípios.Observar sempre o bom senso e bom gosto.
IVSaúdam todos os autocaravanistas
conscientes, que pela prática, conforme as regras de ética e comportamento adoptadas internacionalmente e também entre nós, que constituem valores de referência exemplar para a divulgação e aceitação generalizada do autocaravanismo, designadamente pelos efeitos benéficos na correcção da sazonalidade, e valorização dos recursos turísticos culturais do interior.

VManifestam o seu compromisso
e disponibilidade para através dos conteúdos que elaboram ou divulgam nos meios ao seu alcance, intensificarem a valorização de textos favoráveis ao autocaravanismo itinerante, para melhor acessibilidade à informação objectiva, quer por parte do público em geral e autocaravanistas, quer por parte da comunicação social, quer ainda para obtenção das autarquias locais da criação de parques de estacionamento e pernoita, com estações de serviço de apoio às autocaravanas.
VIResolvem ainda,
a) Constituírem-se em Net work informal de intercâmbio de informações relevantes para o autocaravanismo com vista a no seu conjunto apoiarem a criação de um Observatório não Governamental para o Autocaravanismo Itinerante ONGAI.
b) Estabelecer que a adesão ao CAB, através de um representante, está aberta a todos os espaços na internet (blogues, fóruns, websites…) que o desejem.
c) Exortar os autocravanistas a uma maior intervenção pública e cívica na divulgação do autocaravanismo.

VIIDeclaram que adoptam
uma estrutura informal de associação aberta, sem personalidade jurídica, nem fins lucrativos, de tipologia informal, sob a denominação de “CAB – Circulo de Autocaravanistas da Blogo–Esfera” e que
a) disporá de um espaço Web próprio identificado pelo logótipo adoptado,b) reunirá em principio quadrimestralmentec) e designam para coordenar os destinos do CAB no próximo ano:
- Diogo Ferreira (Blog MIDAP)
- Luís Decarvalho (Blog Newsletter)
- Rui Narciso (Portal Papa Léguas)

Do incício do boom da actividade autocaravanista há de vir a Ordem

meus caros Autocaravanistas
Vamos ao trabalho?
A evolução tem de acontecer, e do Caos do início do Mundo....e do incício do boom da actividade autocaravanista há de vir a Ordem... o importante é que nao permaneça o Caos, e que a Ordem não seja discriminatoria.
Ou seja, que as Trevas dêm mesmo lugar a Luz. Não queremos todos seriamente, uma Luz que ilumine, e não que cegue? O caminho do Autocaravanismo nao é mais do que uma espcificidade do caminho percorrido pelo automobilismo.
Os AC sao automobilistas e turistas itinerantes e especiais. Quando o seu numero aumenta, com a pressao demografica dos AC, lá vem a Lei the Malthus ajudar a compreender que alguns tem de ser sacrificados, - aqueles que nao se submetem por dever de cidadania e responsabilidade cívica, a uma Ordem justa, equilibrada e social.
Ao início, os automoveis no início do século, estacionavam de qualquer modo, e em qualquer lado: en contramão, em espinha, ao longo de passeios etc, e pelo tempo que se quissesse...depois, com mais, e mais automoveis...e vem a regulamentaçao do estacionamento...depois o pagamento do estacionamento, e a proibição deste em alguns locais, a a algumas horas...depois ainda a criação de parques de estacionamento, ate subterraneos como o de AC em Monaco, os parquimetros, e ate as limitações horarias de estacionamento, e em muitos outros locais a proibição de circulação e estacionamento total em certas ruas, ou reservada so a residentes, limitaçao de circulaçao e estacionamento a matrículas pares ou impares alternadas, como em Pequim, de pagamento de portagens para entrar nas cidades como em Oslo e Londres, os reboques, e os jacarés de imobilizaçao como em Santander, etc. etc...
A estruturaçao do automobilismo em Portugal muito ficou a dever ao ACP Automovel Clube de Portugal, hoje com contornos de Federação do sector, e da sua representação Internacional.
Porém em Portugal, contarriamente a Espanha e França, por exemplo, não ha estrutura similar, nem tutela pública ou privada sobre o autocaravanismo. Têm de ser os autocaravanistas ainda a dar os primeiros passos, e a auto-organizarem-se.
Todavia há que actuar com o maior realismo: nada de maximalismos, populismos ou fundamentalismos suicidas. Pelo contrário, há que em ambiente democrático criar condições de participaçao, audição e cooperação sérias. Estas só se fazem com estruturas representativas, preparadas, competentes, e que estejam em cima do acontecimento, pró activas, e não apenas reactivas, e que tomem posições construtivas de compatibilizaçao de legitimos interesses privados, no contexto da satisfação do interesse público, ajudando a definir este... Ou seja, fazendo aquilo que é legitimo e constitucional: um lobbying democrático e participativo, ao invés de posições de mera contestação, ou de pressao...ou mesmo de revolta activa, ou passiva...
Espera-se que o MIDAP seja a plataforma para essa nova atitude, e inadiavel, pela dignificação do autocaravanismo em Portugal, e que exige, nao só a educação e formação de autocaravanistas, dos agentes e profissionais da comunicaçao social, mas tambem das autoridades, Governo, autarcas, e ainda dos demais interlocutores, como produtores e comerciantes do sector.
Daí as nossas propostas insitentes sobre:
- criação de um gabinete de estudos do Autocaravanismo
- estruturaçao de um Observatorio plural do Autocaravanismo
- preparaçao e realização de um Seminario sobre Autocaravanismo.
por, Decarvalho

VANNES

15.08.08 – Dia_12

As viagens nunca são o que planeamos. As viagens nunca são viagens se as planearmos geometricamente e as cumprirmos como às ordens de um comandante de excursão.As viagens são olhares. E os olhares não se planeiam. As viagens são esquinas. Nunca sabemos o que está para lá.




Vannes, é um desses lugares que embora não planeado se recebe como agradável surpresa a cada esquina, seja a margem de um lago que se segue a outro e onde se faz praia se está na esplanada ou viaja de barco,...seja o virar de cada esquina no centro urbano e histórico.



Terreno propicio a uma boa pedalada de bicicleta,... pelas margens dos lagos, acabámos a rendilhar lagos mais kilómetros do que o aconselhável,..


,..depois de uma visita guiada ao centro no comboio turistico, sentados na esplanada ao entardecer a cidade e eles eram uma colmeia de sentimentos de quietude e entretenimento.




,..jantar e dormida no belissimo parque de Vannes e uma passeata digestiva e de reconhecimento a pé.

Corsic / St Nazaire /Carnac/ Vannes

14.08.08 _ Dia 11

Foi a minha vez de acordar doente!

Sinto a garganta inflamada, inchadíssima, sem voz e quasi incapaz de deglutir.

Rumo á farmácia, descobrimos o Leclerc e finalmente uma cozinha pré-feita com oferta variada e incomparavelmente mais barata.
Afinal é esse o caminho para comer razoavelmente em França. Os autocaravanistas sabem-no e o Leclerc oferece-lhes parque com AS…

O corpo dói-me, doem-me as articulações e a garganta,…não há duvida que os moules e as ostras estão agora a comerem-me a mim! Pé-de-vento, naquela noite trémula parece ter conseguido afastar dela os piores demónios…que agora me devoram...

St Nazaire parece predestinada a estivadores e metalúrgicos,... outra vez o trabalho,…outra vez a ausência de renda e o desinteresse pela coisa comum,…terra de emigrantes e etnias,…uma enorme ponte sobre o estuário do Loire com uma imensa fila de automóveis que a atravessa a passo de caracol e um carro branco que lá atrás se farta de apitar,…afinal uma matrícula portuguesa ( a segunda) que segue com um único viajante com a bandeira nacional vestida, literalmente! Não fosse a complicação em plena ponte, aquele homem teria tido o abraço que nunca sentiu na sua própria terra,…afinal somos da terra onde verdadeiramente ganhamos a vida,.... e porque se sentirá ele português? Não consigo entender! Será que nos envia as poupanças..., as tão estimáveis, (para os nossos políticos) remessas de emigrantes!?





Os campos de Carnac fazem-me de imediato lembrar Obélix e Astérix,..é a banda desenhada da minha infância que vejo quando os olho…. e…. o primeiro impulso para a edificação humana.



Destaque para uma solitária mulher inglesa motoqueira.


Em Vannes não há qualquer As, mas há um belissímo e excelente parque de campismo municipal, à porta do qual chegámos por volta das 23 horas, recepção e cancelas fechadas…

-É italiano!?(pergunta-me o francês) Tem italianos aí dentro,…é pedir a algum que lhe abra a cancela!
- Sou português!
- Alors, qui vos va ouvrir la cancel soi moi meme!

Ficámos amigos!








KM +- 114

Puy de Fou / Nantes / Pornic

13.08.08_Dia 10



Puy de Fou justifica toda a expectativa! È um belíssimo parque cheio de vegetação luxuriante e repleto de espectáculos de arte circense e história com variadas reconstruções históricas e espaços cénicos recreativos.



Confesso-me absolutamente rendido ao espectáculo dos oiseaus! Grandioso, indiscritivel, memorável e emocionante, é em minha opinião o verdadeiro espectáculo, suponho que único no mundo,… que só por si justifica um retorno ao Parque.



Ao nível da melhor e mais erudita orquestração clássica, os pássaros de todas as espécies e feitios voam ao ritmo do desenrolar da encenação com o acerto e conhecimento de uma prática mil vezes repetida, em sobrevoos indiferentes e rasantes a uma plateia de milhares de espectadores emocionados com os pelicanos, os falcões, as águias, as corujas, os abutres, etc, etc…tudo em liberdade domesticada.







Nantes, capital da Bretanha é mais uma cidade, onde sobretudo se trabalha,…passagem para quem está de férias.




Pornic uma tipica terra de pescadores justificou a visita, mas não nos deu argumentos para nos retermos ali.



Rumo a Corsic a AS frente à Marie foi lugar de pernoita absolutamente tranquila.








KM +- 115