A Obrigação de Resposta



Companheiro,
Nesta obrigação de resposta, aceite os meus protestos de amizade e a declaração sincera de que não pretendo alimentar nenhuma polémica.

1.
Fiz a publicação da minha proposta porque, como já antes tinha feito saber à coordenação do CAB, entendo que, na informação aos aderentes, das respectivas ordens de encontros/reuniões de trabalho, em rubrica devem constar a admissão e discussão das moções/ propostas, seus autores e respectiva cópia de conteúdos.

Recordo ainda que na reunião de aderentes em Minas do Lousal, ficou decidido a criação de um fórum para aderentes que possibilitásse, enfim coisas como uma comunicação prévia entre aderentes a quaisquer deliberações.Não existe.

Não estou a reclamar nada, não tenho sequer o direito de pedir. Só justifico as razões da publicação com que se diz surpreendido.

E continuo a justificar, não só como forma de se motivar os membros aderentes ao CAB a estarem presentes, mas sobretudo para os que estiverem presentes contribuírem com a “sua” reflexão atempada e ponderada, sobre os assuntos, de que se lhes vai pedir opinião e assim se induzirem intervenções esclarecidas.

Acrescento mesmo que, em minha opinião, propostas programáticas vinculativas para o CAB, quando só forem apresentadas em plena reunião (e já aconteceu) devem ter a sua admissão recusada, no minimo condicionada, como forma de precaver o endosso de "cheques em branco" a ideias que possam surgir pouco claras, pouco amadurecidas, sem tempo para reflexão por todos os membros.

Atente-se ainda ao facto do CAB ser uma Associação Sem Personalidade Jurídica e às especificidades que daí decorrem, e a esse propósito, aproveito para declarar publicamente que só serei solidariamente responsável e responsabilizável por propostas e deliberações de aderentes do CAB que cumpram o pressuposto de um conhecimento prévio atempado mínimo de 48 horas sobre a data da reunião deliberativa e que sobre elas manifeste acordo expresso presencial ou por missiva.

Companheiro, durante anos vai-nos chegando a boa notícia de agradáveis encontros entre autocaravanistas, mas substâncialmente nada mais chega desses encontros, que seja notícia que interesse ao mundo autocaravanista. Creio que esse fraco resultado tem muito mais a haver com o modo de preparação dessas reuniões do que com a qualidade de ocasionais propostas ou dos participantes nesses encontros.


2.
Diz o Companheiro que:
"..discorda frontalmente que, numa reunião oficial do CAB, se aprovem estratégias de interferência concreta noutra organização, nomeadamente para conquistar os respectivos órgãos directivos."

Ora o que eu proponho é :
"...encetar um diálogo com os demais dirigentes de clubes e associações regionais e/ou nacionais de autocaravanismo, já existentes..."

Portanto, não se trata de nenhuma conquista..., senão fôr participada por todos e para todos. Foi público que a actual direcção que está a concluir o mandato foi reconduzida em anuência a solicitações de quase rogo e favor. É público o anúncio de que a actual direcção pretende ela própria ver-se substituída. Permita-me que como autocaravanista e sócio do CPA gostásse de saber a futura direcção, desta maior associação autocaravanista, eleita em resultado de um amplo movimento das bases. E não vejo outra forma de isso se conseguir que não seja a começar por mobilizar vontades de actuais dirigentes das diversas associações em que inevitálvelmente se vai pulverizando o CPA, se nada se fizer que reestruture e reorganize o movimento autocaravanista português.

Tenho para mim, como adquirido (talvez erradamente) que a maioria dos membros destas pequenas associações que têm surgido são simultâneamente sócios do CPA, talvez esteja enganado a esse respeito, como verifico agora ser o caso do companheiro do "Papa-Léguas", que julguei erróneamente sócio do CPA.
Faço mea culpa nesse erro!

Como bem sabe, não pretendo liderar nada, muito menos ver ou fazer uma guerra a cada esquina, mas já me parece,a mim, inverosímil pretender que se reunam como iguais, direcções de associações com cerca de 2000 sócios, com direcções de associações de cem ou dez sócios, associações com estatutos publicados e associações sem estatutos...

3.
Finalmente uma palavra para dizer como lamento não estar presente no próximo encontro do CAB, em razão da minha permanente indisponibilidade para participar em programas recreativos focados nos meio-dias matinais. Uma indisponibilidade de sempre! Já conhecida de alguns companheiros.
Reitero o meu sentimento de amizade, com um abraço para um outro encontro e faço votos sinceros de que seja um belissimo momento de convívio para todos e que a generosidade do trabalho feito seja profícuo para o autocaravanismo.

Bem- Haja.

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