Dizer Não
Mais Fé na Democracia Portuguesa

25.06.2009 - 07h27 Sofia Rodrigues
Estrada Para a Cidadania!?
1.Que dizer de um lugar de estacionamento exclusivo para ac´s que pode ser ocupado durante 72 horas consecutivas, senão que é um parqueamento ? (mesmo para um simples automóvel)
Que só funcionará com a devida rotatividade se fôr severamente taxado por hora!
2.Obviamente implanta uma situação de policiamento generalizado, toda a regra em que a norma é a proibição (no caso de estacionamento) !
Marvão em tempo de “Al Mossassa”.
FDS_03.10.08 - Dia_2
Um soalheiro dia de outono! Com a autocaravana estacionada debaixo de uma velha oliveira, apetecia um passeio de moto,... e lá fomos nós para Marvão, ver como paravam as festas islâmicas da vila. No caminho, a estrada contorce-se nas vertentes. A cada curva Marvão cresce. A linha de muralhas ganha nobreza e uma dimensão quase inexpugnável. Em torno a paisagem abre-se e, nas serranias, toma vulto o pico da Serra de São Mamede, para lá dos 1000 metros de altura chega-se a um extraordinário mirante do alentejo e de terras de Espanha.
Parque de estacionamento cheio, muitos automóveis , algumas caravanas e muita polícia a tentar garantir a fluidez e a ordem. Passar a Porta de Rodão e estacionar já dentro das muralhas é nesta altura um privilégio só acessível a motociclistas.
Contida no tempo e no edificado entre muralhas, tomam gradualmente forma, fachadas, janelas, telhados, varandas, portas, calçada de pedregulhos toscos, tudo excelentemente conservado, emergindo de um mundo já sem os verdadeiros personagens, parecendo algures no tempo, terem esquecido haver vida para além daquelas muralhas,...num nostálgico abandono de tempo passado, ímpossível de reabilitar para novas gerações senão como arqueologia urbana, a ocupar e viver, a espaços, por turista ocasional,... a agenda de eventos marca a vida do lugar e a economia de resilientes, poucos. O passado faz-se com histórias de muitas partidas, quer para as grandes cidades, quer para a emigração.
“Malvão”, ou nem por isso, é o que nos diz as histórias antigas e novos projectos de gerações da família, pela voz da simpática proprietária e talentosa cozinheira, do muitíssimo recomendado " Varanda do Alentejo", onde tardiamente, mas ainda a tempo, abancámos para uma genuína e deliciosa carne de porco à alentejana, com um genuíno tinto do Redondo,...redondinho!
A calma que paira nesta vila, é por si só um bom motivo para aqui passar um fim-de-semana.
Mas as festividades já se faziam sentir com o entusiasmo esperado, estava montada a encenação do acontecimento, a “Al Mossassa”. Uma festa islâmica que reconstituiu a ambiência das vendas de uma época distante e entretém como espaço aberto à imaginação e à história, para além de repleto de boas recriações e animações interagindo com os visitantes.
Hora de tomar um perfeito e digestivo chá-verde, com direito ao copo para recordação e de abancados na tenda árabe, ver o belíssimo desfile passar....
A noite caía e o pôr-do-sol pintava a atmosfera para uma sugestiva Fada em camelo evocar a mística do quarto-crescente lunar.
A Ilusão da Viagem
Ser Turista é Fugir da Responsabilidade
Lançamento do Livro " Autocaravanismo"
Dia 23 de Junho, 3F as 18h na sede do ACP, em Lisboa, salao das assembleias gerais a apresentação do livro abaixo, por Carlos Barbosa, Vasco Calixto, autor e editor.
É sempre um largo prazer ler as crónicas de viajem do bom companheiro e ilustre autocaravanista Decarvalho!
A autenticidade dos relatos, a fluidez de linguagem, a riqueza de vocabulário, a utilidade dos olhares e observações, o prazer da viajem pela viajem que como ele próprio diz citando:
"...dizem os peregrinos de Santiago de Compostela ao fim de uma centena de km a pé..."já nao estamos a fazer o Caminho, é o Caminho que nos faz, a nós...."- porque toda a viagem é uma iniciação, que se adentra a nós mesmos...os que o queremos perceber!"
Por tudo isto, e o muito mais que se adivinha, felicitamos o autor e confessamos não resistir à curiosidade de ler a obra, já nestas férias grandes em autocaravana..., pois claro.
Noite descansada depois de um parquear ajudado por um dos pouquíssimos autocaravanistas portugueses que se esgueirou mais um pouco para cabermos os dois em paralelo. Porém é de dar nota negativa aos muitos estrangeiros parqueados no segundo estacionamento já que no primeiro, cheio, estava tudo correcto. Ou seja parados na vertical do horizonte e não na longitudinal, ocupando quase 4 lugares de parqueamento de outras mais 3 autocaravanas.
Era de aproveitar ainda mais o tempo. Assim comprado o jornal, foi a escolha de uma esplanada mais ao sol e leitura vagarosa dos títulos ao lado de um café. Tempo de descanso e depois o inevitável acerto de horas de almoço, a ida ao Continente para comprar uns camarões, um vinho, um presunto fatiado, e pelo meio-dia lá estávamos no terraço virado à baía do Arade na boa da conversa, com o Rui e mulher. Bom almoço, bons amigos, bom tempo!"
Mais informações no blogue do autor em :http://camping-caravanismo-e-autocaravanismo.blogspot.com/
Portagem
Na Portagem o rio Sever de águas límpidas e frias é utilizado como praia fluvial, e o complexo de piscinas e parque de lazer está muito bem conseguido, tendo resultado num belíssimo ponto de repouso e lazer não só para as gentes da terra, mas também para quem a visita. Hoje são nossos hermanos e reformados espanhóis que vêm apanhar um cativante sol de outono.
A corrente vai mansa nesta época do ano e o açude retém as águas, acomodando-as numa grande e bela piscina fluvial. Próximo, a ponte e a Torre, tornada homenagem aos milhares de judeus que por aqui passaram fugidos de Espanha. Na Portagem, assim chamada, porque nela os judeus expulsos de Espanha pelos Reis Católicos, pagavam a "portagem" para entrar em Portugal pela ponte romana, ainda existente no local, junto ao complexo de lazer, bem como a torre militar que, então, fazia a fronteira.
Acima, ao fundo, na escarpa granítica a pique as muralhas, o castelo e o casario de Marvão.
As escarpas tornam-se espanto redobrado quando percebemos que as alturas revelam um esforço humano colossal com onze séculos. Ali, onde supomos habitar somente o vento, percebemos que a rocha suporta muralhas. Atrás, destas, assomando timidamente, o ocre dos telhados e uma ou outra torre alva mais atrevida. Vive ali gente, entre as nuvens, o voo das aves e os ventos das alturas. Em breve, durante a tarde do dia 3, a estrada sinuosa, encaracolando monte acima, leva-nos até ao coração da vila de Marvão. O monte que suporta Marvão, no coração do Parque Natural da Serra de São Mamede, obriga-nos a, invariavelmente, torná-lo protagonista de quase todas as histórias do lugar. A Serra do Sapoio, é dramatismo geológico, esforço acrescido da natureza para congeminar relevos.
Depois do almoço, fomos ao encontro do local programado por nós para as pernoitas seguintes, o Parque de Campismo Rural da Asseiceira, (de um cidadão inglês, que mal falava o português, pois estava cá há sómente 6 meses, ex-condutor de longo curso, cansado, com visão e oportunidade na construção de uma vida alternativa- radicado agora em portugal), situado perto de Santo António das Areias, na encosta norte de Marvão, onde se ouviam além do frequente cantar dos pássaros, as "vozes" tão interessantes das vacas, cabras e ovelhas que pastavam por aquelas bandas. Uma conversa simples e agradável...
http://www.campingasseiceira.com/pt/newindex.htm
O camping Asseiceira, não consta de roteiros, nem tem classificação oficial, mas nós recomendamo-lo como de 5*, para quem aprecie algum sossego e ar puro,...com a sombra de velhos chaparros e velhas oliveiras, cadeirinha na rua, olhar o monte e Marvão, ensaiar novas leituras,... com o pôr-do-sol recolhimento a um jantar de mais uma dose "Leitão Frito em d'vinha de alhos", desta vez com um branco fresquinho de Favaios, recolhido na adega cooperativa do próprio em 2003 e uma ligação ao escritório em LogMeIn, para um pequeno serão de trabalho,graças à ligação wireless gratuíta, enquanto pé-de-vento, descobre a história e estórias destas paragens, e traça rumos mais detahados para o dia seguinte.
Já tinhamos passado diversas vezes em Portagem, mas dedicar-lhe um merecido dia , sem pressas, e desfrutar da beleza dos cantos e recantos é privilégio de autocaravanista ! Supreendo-me, com o mesmo agrado , com que à anos atrás me surpreendia, com outros autocaravanistas, que encontrava, em recantos da minha zona, nos lugares mais imprevisíveis e com matrículas a indicar longinquas origens,...pareciam-me e continuam a parecer-me senhores de todo o tempo do mundo ! Como que a dizer que, só sem pressas é possível chegar tão longe.
A Verdadeira Cidadania / A Jornada Errante !
In :http://fundamentos-da-passagem.blogspot.com/
Um Viajante Lusitano
Eu Explico
Ao admitir-se, nas alterações que propômos, na ausência de EEA o estacionamento em ZONA , sem restrições, desde que cumprindo o código da estrada. Admite-se implicitamente a manutenção do direito de estacionamento na via pública , também fora de ZONA. Portanto esta proposta é inclusiva , no que ao direito de estacionamento consagrado se refere. Porque o estacionamento agora referido respeita sómente a ZONAS, que têm tipificação na Lei.
No Projecto-Lei não se entende como se pretende regulamentar o prazo, o tempo limite máximo de Estacionamento a 72 Horas, promovendo-se, (confundindo-se estacionamento com parqueamento) ou cobrindo-se descaradamente o que configurará não um estacionamento mas uma estadia prolongada, no fundo um parqueamento.
Como CABista, não subscrevo as alterações anunciadas pela Comissão Coordenadora.
Respondendo à Chamada do CAB
CABe-me então dizer:
……..Etc,etc, e :
- A vermelho para entrar.
- A amarelo para sair.
……..Etc,etc, e :
f)-"AAA -Área de Acolhimento de Autocaravanas”; o espaço sinalizado, integrando ou não estação de serviço, onde os autocaravanistas podem estacionar e pernoitar.
g)-"EEA -Estacionamento Exclusivo de Autocaravanas": o espaço dimensionado para imobilização reservada e exclusiva de autocaravanas na via pública, ou em parques de estacionamento públicos ou privados, respeitando as normas do Código da Estrada e demais legislação aplicável.
h) - ZONA – Espaço do domínio público municipal para o qual seja criado um regime de estacionamento automóvel controlado.
……..Etc,etc.
Artigo 4.º
(Áreas de Acolhimento de Autocaravanas)
2. O estacionamento e pernoita nas Áreas de Acolhimento de Autocaravanas tem a duração máxima de 72 Horas.que vier a ser definida pela entidade proprietária.
3. As Áreas de Acolhimento de Autocaravanas poderão estar dotadas de uma estação de serviço para autocaravanas.
Artigo 5.º
( Estacionamento em Zona )
2. Em Zona onde não existam locais de Estacionamento Exclusivo de Autocaravanas, estas podem ser estacionadas no espaço público não reservado a certas categorias de veículos motorizados, nos termos previstos no Código da Estrada. desde que por um período não superior a 48 horas.
3. Nos parques de estacionamento previstos em Zona de Planos de Ordenamento da Orla Costeira, deverá ser reservada uma área não superior a 10% da área total, exclusivamente destinada ao estacionamento e pernoita de autocaravanas, por um período não superior a 24 horas.
……..Etc,etc.
P.S: Se por acaso houver autocaravanista que também ache estas auto-correções, correctas... então p.f...em razão da redundância
... faça copy/ paste e envie aos deputados da nação, com cc a errante@mail.telepac.pt .......também com os meus melhores cumprimentos.
……..Etc,etc....só por mim não vale a pena!